quarta-feira, 15 de maio de 2013

Alunos são tirados de sala no DF por não levar R$ 5 para ajudar em pintura


Alunos são tirados de sala no DF por não levar R$ 5 para ajudar em pintura
DO G1 DF - G1 GLOBO.COM - 07/05/2013 - RIO DE JANEIRO, RJ
A Secretaria de Educação do Distrito Federal vai apurar se houve irregularidades na conduta da direção do Centro Educacional 7, no Gama, suspeita de expulsar dois alunos de sala de aula na semana passada porque eles não levaram R$ 5 para pintar as paredes pichadas da classe. Os estudantes dizem que se sentiram constrangidos. O diretor, Leôncio Mackenttoch, diz não achar que adotou postura inadequada.
“Acredito que não [houve constrangimento]. Aqui é uma escola e o aluno às vezes recebe uma advertência, vem para a direção mesmo”, afirmou. `Tudo foi combinado com os pais em reunião. O problema é que poucos compareceram. E os responsáveis por esses estavam entre os faltosos.`
A garota que teve que deixar a sala no meio da aula contou que foi embora para casa. “Simplesmente eles entraram e começaram a chamar os nomes. Aí, quando chamou o meu, eu me levantei. Ele foi e falou assim: ‘trouxe dinheiro?’. Eu falei ‘não’. Aí ele mandou eu ir embora”, diz.
O outro estudante disse que tinha um trabalho para fazer valendo três pontos, mas que a direção alegou que o aviso havia sido dado no dia anterior e que ele deveria ter ido para casa. A tia do garoto afirma que não recebeu nenhum comunicado da escola a respeito do assunto.
Os adolescentes cursam o 9º ano do ensino fundamental. A taxa foi exigida de todos os 76 alunos das duas turmas da série, porque nenhum deles assumiu a autoria do vandalismo, de acordo com o diretor. A pintura ocorreu neste sábado, ao custo de R$ 300. Juntos, os estudantes contribuíram com R$ 230.
O diretor afirmou que não mandou ofício aos pais, apenas falou com os estudantes, porque houve três reuniões no início do ano para explicar a situação, mas quase ninguém compareceu. Segundo Mackenttoch, outra pintura teve que ser feita em janeiro, pelo mesmo problema.
“Nós pegamos a lista de chamada e vamos ticando quem é que fez a contribuição. Quem não tinha feito? A dois alunos que não haviam feito a contribuição, nós pedimos para sair da sala que nós iríamos conversar com eles. E eles foram para o portão e foram embora”, diz. `Eu não tenho essa verba para pintar a escola duas, três, quatro vezes ao ano. E se eu pintar a escola duas vezes no ano, vai parecer que eu estou desviando dinheiro.`
A próxima reunião com os pais dos estudantes acontece neste sábado. À frente da direção há um ano e quatro meses, Mackenttoch disse que a instituição tem 2,2 mil estudantes.

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CARLOS LORDELO - O ESTADO DE SÃO PAULO - 05/05/2013 - SÃO PAULO, SP
O número de alunos brasileiros em universidades americanas tem crescido anualmente e chegou a 9 mil em 2012. Ainda assim, ficamos em 14.º lugar no ranking dos países que mais enviam estudantes aos Estados Unidos, depois de nações como Nepal e Vietnã. Por trás desses números está o desconhecimento de muitos jovens sobre como funciona a seleção para os cursos no exterior.
Para quem busca uma vaga em instituições de elite, como a Universidade Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), a peneira é ainda mais rigorosa. Não bastam ter um histórico escolar invejável e nota alta no SAT (espécie de Enem americano). As faculdades olham também para atividades extracurriculares nas quais o candidato se engaja - e não só as de cunho social. Por exemplo: o aluno ganha pontos se jogou no time de futebol da escola. Se foi o capitão, melhor.
Dicas como essas poderão ser encontradas no novo curso online e gratuito que a Fundação Estudar vai oferecer no segundo semestre. A entidade já tem experiência em treinar jovens para processos seletivos de universidades de ponta. Criado em 2011, o Prep Program contribuiu para a aprovação de 48 brasileiros no exterior. Agora, com o Prep Course Online, a fundação quer massificar as orientações sobre como fazer faculdade fora do País. As inscrições estão abertas no site prep.estudarfora.org.br.
O curso, com duração de três meses, será todo em inglês. `Os alunos vão aprender por meio de vídeos e atividades e interagindo nos fóruns de discussão`, explica a coordenadora do programa, Laila Parada-Worby, de 22 anos, americana recém-formada por Harvard em História e Literatura da América Latina.
Particular. Outra opção de curso online tem à frente Gustavo Haddad Braga, de 18 anos, que começou a estudar no ano passado no MIT. Ele também foi aceito por Harvard, Stanford, Yale e Princeton - para ficar só nas americanas. Atualmente cursa Física, Engenharia Elétrica e Ciência da Computação. Na plataforma Easyaula (http://www.easyaula.com.br/), Braga vende por R$ 49 o acesso a seis vídeos de orientações com duração total de duas horas. O estudante também administra com outros brasileiros a página Estudar nos EUA (http://www.estudarnoseua.com.br/), que reúne informações gratuitas.
Quem mora em São Paulo pode contratar uma sessão particular sobre estudos nos EUA na Associação Alumni, que fica na Chácara Santo Antônio, zona sul. Ao custo de R$ 145, o interessado recebe uma consultoria de como funciona a seleção para uma faculdade americana.